Experiencia com o papel de aguarela Arches
Há uns tempos que tenho estado a experimentar o papel de aguarela da Arches, prensado a frio de grão fino de 300g, com as minhas canetas pincel da kuretake.
Para esta experiência fiz um desenho da Ponta da Piedade em Lagos no Algarve local lindíssimo e um dos pontos de referencia para quem visita a região.
A sua ligeira textura absorve a tinta da caneta pincel muito bem e rápido, o que me ajuda a não borrar com tanta frequência os desenhos ao passar a mão, como me acontecia com outros papeis, além disso, faz com que ao desenhar, diminua a velocidade ao riscar, para não ter um efeito de pincel seco, o que permite um melhor controlo da caneta.
Ao aplicar a aguarela, o papel mostra todas as suas características de absorção, é excelente para a técnica de molhado no molhado, faz com que as cores fiquem brilhantes e se fundam na perfeição devido à sua leve textura, é também, bastante resistente o que permite sobrepor muitas camadas de tinta e água, também permite levantar a tinta para fazer alguma correcção.
Para mim parece-me que tem um se não, ao aplicar muita água o papel tem a tendência para ficar ondulado, mesmo mais tarde voltado a sua forma inicial depois de seco, pode criar algumas poças durante a pintura, concentrando o pigmento nessas zonas, podendo estragar a pintura, além disso, obriga-me a estica-lo antes ou depois de usa-lo.
Apesar de ainda ir fazer mais algumas experiências para perceber as suas características de forma a tentar tirar o melhor partido nos meus desenhos, já começo a perceber o porque do papel Arches ser o preferido de muitos artistas.
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